Gabrielli deixará a Petrobras em fevereiro

domingo, 22 de janeiro de 2012


Sinopse:
Depois de seis anos, José Sérgio Gabrielli deixará a presidência da Petrobras. Ele passará o cargo a atual diretora da Área de Negócios de Gás e Energia, Maria da Graça Foster. A troca no comando da maior empresa pública do país tem data marcada: na próxima reunião do Conselho Administrativo da Petrobrás que está prevista para o dia 13 de fevereiro. Depois de uns dias de descanso, Gabrielli vai se integrar ao governo da Bahia, onde pretende seguir carreira política. A troca de Gabrielli por Graça Foster é um desejo antigo da presidente Dilma Rousseff que foi sendo adiado e agora será concretizado em meio a minirreforma ministerial que está em curso para a substituição dos ministros que vão disputar a eleição de outubro e de outros que são avaliados com baixo desempenho administrativo ou sem apoio político de seus partidos. A presidência da Petrobras é um dos cargos mais cobiçados da administração pública e, por isso, os presidentes da República evitam incluí-lo na partilha entre os partidos aliados. Mas eles não têm conseguido excluir da disputa política as diretorias da empresa. Ficou célebre no mundo político a reivindicação feita por Severino Cavalcanti, quando era presidente da Câmara, para indicar um dos diretores da empresa. Sem saber exatamente o nome da diretoria, ele sapecou: “Aquela que fura poço!”, disse, referindo-se à diretoria de Exploração e Produção. As outras diretorias são: Gás e Energia; Abastecimento; Financeira; Internacional e de Serviços – todas, disputadas por partidos políticos. Fonte do governo garante que, com a transferência de Graça Foster para a presidência, a diretoria de Gás e Energia terá uma “solução interna”, alguém que já está na Petrobras, como forma de evitar disputa política pelo cargo. Mas, de alguns anos para cá, os partidos políticos fazem indicações de funcionários de carreira para os cargos de direção da empresa. José Sérgio Gabrielli, que já disputou e perdeu o governo da Bahia em eleição passada, deve ser secretário do governo Jaques Wagner para tentar se preparar para disputar as eleições de 2014 – para o governo da Bahia ou para o Senado.

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